sábado, dezembro 08, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
quinta-feira, novembro 08, 2007
domingo, novembro 04, 2007
Ninguém parece gostar, mas eu acho este medley bestial.
Rodeohead
Particularmente a parte em que cantam "she runs, runs, ruuuuuunnnns" e ouve-se uma apitadela de comboio.
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coisas que os outros odeiam,
música
segunda-feira, outubro 29, 2007
No início da década de 90 Neil Gaiman pegou numa propriedade esquecida da DC Comics e criou a família dos Endless: Death, Delirium, Destruction, Despair, Desire, Destiny e Dream ou Sandman ou Morpheus (ou, como nós lhe chamamos, João Pestana) - a família mais disfuncional de sempre.
A série mensal foi publicada durante 8 anos, deu origem a dezenas de especiais (Death: The Time of Her Life; The Corinthian - Death In Venice; etc) e a dois spin-ofs (Lucifer e The Dreaming), ganhou alguns prémios literários onde normalmente a BD não se intromete e conquistou um público pouco habitual nos comic books.
Num monitor amplo podem navegar pelo livro Sandman: The Dream Hunters ilustrado por Yoshitaka Amano.
tecla 'N' para a imagem seguinte, 'P' para a anterior
ou download do livro em zip
quinta-feira, outubro 25, 2007
terça-feira, outubro 23, 2007
"Blow-Up", de Michelangelo Antonioni (1966)
Funciona quase como um veículo para explicar a função principal de um realizador: estabelecer as relações entre o que vemos: ela puxa-o, ela olha para o lado, ao lado - uma arma, ela vê o fotógrafo ao longe, ela fica apreensiva.
Num retrato estranho de uma Londres freak, a determinada altura uma personagem pergunta ao fotógrafo o porquê de ter uma hélice no meio da sala - Porque é bonita é a resposta.
No fim resta uma questão: um momento fotográfico, testemunhado apenas por uma objectiva, perde o direito a ser momento se a fotografia deixar de existir?
segunda-feira, outubro 15, 2007
Ned acorda os mortos com um toque, mas tem que voltar a tocar neles nos 60 segundos seguintes para voltarem a morrer - se não o fizer a natureza procura algém nas imediaçoes para equilibrar as contas.
Ned associa-se a Emerson para acordarem mortos e perguntar-lhes quem os matou recolhendo depois a recompensa.
Chuck, o amor de infância de Ned é assassinada e Ned acorda-a - mas não lhe pode voltar a tocar.
Pushing Daisies, a melhor série deste ano.
domingo, setembro 30, 2007
28/09/07 - weaving light
foto: ric
A impressão com que fiquei foi de estar a olhar para uma daquelas coisas que podem de facto mudar o mundo.
Portable Light Project
segunda-feira, setembro 24, 2007
sábado, setembro 22, 2007
quarta-feira, setembro 19, 2007
domingo, setembro 16, 2007
"Being John Malkovich", de Spike Jonze (1999)
No 7º andar e meio de um prédio de escritórios há uma sala onde um marionetista desempregado descobre uma porta que dá acesso a um túnel que é uma entrada para a cabeça do John Malkovich.
Se esta sinopse não convence quem quer que seja a ver o filme, nada convence.
quarta-feira, setembro 12, 2007
quarta-feira, setembro 05, 2007
quarta-feira, agosto 29, 2007
terça-feira, agosto 28, 2007
"loudQUIETloud: A film about the Pixies", de Steven Cantor e Matthew Galkin (2006)
Os Pixies não foram extraordinariamente populares enquanto estiveram juntos mas deixaram bastantes fãs muito fiéis e obsessivos, histéricos mesmo.
Com a reunião deles para a Sell Out Tour em 2004 como pretexto, este loudQUIETloud é um documentário sobre eles que eu - assumidamente um daqueles fãs histéricos - nem hesitei em mandar vir. Aliás, o "problema" do filme é precisamente esse: é para fãs. É um bom documentário, cumpre bem a função de mostrar quatro pessoas que nunca foram particularmente mediáticas e que até se sentem atrapalhadas com o legado que lhes é atribuído e inclui bons momentos de concerto e bastidores, mas acaba por ser para os indefectíveis de Pixies. O indefectível que há em mim recomenda.
domingo, agosto 26, 2007
sábado, agosto 18, 2007
sábado, julho 21, 2007
sexta-feira, julho 20, 2007
terça-feira, julho 10, 2007
na Sexta, a reconstituição do enforcamento de Brito e Cunha em Matosinhos - o enforcamento aconteceu, na realidade, na Mártires da Liberdade no Porto; no sábado foi a recriação do desembarque na Praia da Memória, tudo parte das comemorações dos 175 anos do desembarque de D. Pedro IV.
(adoro andar no meio destas coisas)
domingo, julho 08, 2007
"Taxidermia", de György Pálfi (2006)
Este é daqueles cujo trailer chega para abrir o apetite. E, tendo em conta que este filme tem algumas das cenas mais repugnantes* que já vi em cinema, utilizar uma expressão como abrir o apetite é quase perverso.
(*) repugnantes, mas um repugnante... er... bom, tipo Pasolini ou "Delicatessen" ou então um "Bad Taste" mas com classe.
sexta-feira, julho 06, 2007
O meu amigo Rui era o meu melhor amigo. Não necessariamente por ter qualidades - isso não conta naquela idade - mas sim porque tinha Subbuteo na cave. Normalmente aos sábados, depois da catequese, começou a ser inevitável a passagem por casa dele para umas partidinhas de futebol mas nas pontas dos dedos. A somar a isso ele tinha um ZX Spectrum o que fazia dele ainda mais meu melhor amigo. Entre partidas carregadas de polémica no tabuleiro ou sessões de Bruce Lee e Indiana Jones um dia descobrimos, naquela cave enfeitada por modelos miniatura de comboios e montanhas, uma câmara Super8. Depois de umas primeiras brincadeiras com a máquina comecei mesmo a gostar daquilo. E daí a manipular o Rui para dedicarmos cada vez mais tempo a fazer filmezinhos e menos a jogar. Quase tudo o que fizemos se perdeu mas ainda salvei algumas coisas, entre elas este "Major Pinguim".
quinta-feira, julho 05, 2007
quinta-feira, junho 28, 2007
"The Machinist", de Brad Anderson (2004)
Um daqueles thrillers contados aos bocadinhos a deixar adivinhar um puzzle que apetece compor, fruto de uma fotografia excelente, banda sonora exemplar a conduzir a nossa atenção e um ambiente incrivelmente intenso - acho que só faltou mesmo um final mais soco-no-estômago do que acaba por ser.
"Being John Malkovich", de Spike Jonze (1999)
No 7º andar e meio de um prédio de escritórios há uma sala onde um marionetista desempregado descobre uma porta que dá acesso a um túnel que é uma entrada para a cabeça do John Malkovich.
Se esta sinopse não convence quem quer que seja a ver o filme, nada convence.
domingo, junho 24, 2007
O meu avô morreu há dois anos. Nunca fomos muito chegados o que significa que houve um período em que me senti culpado. Por não ter feito parte da vida dele de outra forma.
Era agricultor. Tinha vacas, galinhas, uma horta e eu tenho memórias das vindimas, da poda.
Ele não era exactamente uma pessoa afável e de forma alguma encaixava na imagem do avôzinho simpático.
Houve uma altura em que ele vinha ao Porto com frequência, era eu um adolescente pintado de borbulhas, e ele envergonhava-me a mim e à minha t-shirt dos Sonic Youth em plena rua porque começava a falar com toda a gente... em rimas (como se já não bastasse a acne para afastar miúdas).
Ele era um trovador. Ele conseguia improvisar rimas o dia inteiro se lhe apetecesse. Ele não assentava nada em papel e uma vez perguntei-lhe porque é que ele não escrevia os poemas todos que inventava num dia. "Os poemas são como moscas, se os deixas voar muito começam a chatear" respondeu-me.
Já depois de ter falecido descobri que afinal ele já tinha publicado - encontrei uma espécie de sebenta com vários autores publicada pela Câmara da Póvoa de Lanhoso nos anos 40.
Entretanto também acabou por ficar para mim a pequena colecção de vinis que eu nem imaginava que ele possuía - entre algumas pérolas estavam dois discos de um Django Reinhardt completamente inaudíveis, por isso toca a buscar a internet e eis que:
Django Reinhardt, "Beyond the sea"

foto: ric
quem me dera poder agora passear com o meu avô a disparar poemas pelas ruas
Era agricultor. Tinha vacas, galinhas, uma horta e eu tenho memórias das vindimas, da poda.
Ele não era exactamente uma pessoa afável e de forma alguma encaixava na imagem do avôzinho simpático.
Houve uma altura em que ele vinha ao Porto com frequência, era eu um adolescente pintado de borbulhas, e ele envergonhava-me a mim e à minha t-shirt dos Sonic Youth em plena rua porque começava a falar com toda a gente... em rimas (como se já não bastasse a acne para afastar miúdas).
Ele era um trovador. Ele conseguia improvisar rimas o dia inteiro se lhe apetecesse. Ele não assentava nada em papel e uma vez perguntei-lhe porque é que ele não escrevia os poemas todos que inventava num dia. "Os poemas são como moscas, se os deixas voar muito começam a chatear" respondeu-me.
Já depois de ter falecido descobri que afinal ele já tinha publicado - encontrei uma espécie de sebenta com vários autores publicada pela Câmara da Póvoa de Lanhoso nos anos 40.
Entretanto também acabou por ficar para mim a pequena colecção de vinis que eu nem imaginava que ele possuía - entre algumas pérolas estavam dois discos de um Django Reinhardt completamente inaudíveis, por isso toca a buscar a internet e eis que:
Django Reinhardt, "Beyond the sea"
foto: ric
quem me dera poder agora passear com o meu avô a disparar poemas pelas ruas
sexta-feira, junho 22, 2007
"Tarnation", de Jonathan Caouette (2003)
De Jonathan Caouette sobre Joanthan Caouette. E sobre a mãe, uma toxicodependente como resultado de maus diagnósticos. E sobre os avós. Que ele acaba por acusar.
É quase impossível ficar indiferente ao "Tarnation". A mim, incomodou-me. Só não sei exactamente se foi por a) haver alguém honesto e corajoso que expõe a vida pessoal desta forma, assumindo problemas, capaz de mostrar aqueles segredos que preferimos esconder ou b) haver alguém que faz um aproveitamento reprovável da vida pessoal, expondo problemas, capaz de mostrar aqueles segredos que preferimos esconder.
"Napoleon Dynamite", de Jared Hess (2004)
A inexpressividade dos nerds, a caracterização exemplar de várias épocas nunca se prendendo a referências limitativas, o punhado de momentos-choque que todos os geeks sonharam viver no seu tempo -- não havia como não gostar deste.
Se bem que andam por aí uns sujos que insistem que gosto porque danço como ele. É falso!
Acho.
quinta-feira, junho 21, 2007
quarta-feira, junho 20, 2007
sexta-feira, junho 15, 2007
"Touch of Evil", de Orson Welles (1958)
são 3 incríveis minutos sem cortes - nem imagino o número de vezes que devem ter repetido e só de pensar na planificação de uma coisa destas fico com dores de cabeça
Um dos melhores planos sequência de sempre? check
Charlton Heston a fazer - deliciosamente mal, ao nível de um série B de luxo - de mexicano? check
O próprio Welles no papel de um polícia brilhante, obeso, suado e corrupto? check
Marlene Dietrich? check
Um filme noir carregado de innuendos repletos de sexualidade agressiva pelo meio de vielas escuras onde praticamente sentimos o cheiro dos esgotos - em plena América da década de 50? check
O "Citizen Kane" é o melhor filme dele? A sério?
terça-feira, junho 12, 2007
Electrelane: para mim as gajas mais rock que por aí andam, e que recuperaram o farfisa como instrumento cool. Editaram há umas semanas o "No Shouts, No Calls" e foram agora confirmadas em Paredes de Coura.
Electrelane, "To the east"
segunda-feira, junho 11, 2007
terça-feira, junho 05, 2007
Eternal Sunshine of the Spotless Mind, de Michel Gondry (2004)
Provelmente demasiado indie para figurar nas listas dos melhores da história do cinema, mas acredito que este é o filme que consegue a proeza de melhor definir esse bicho chamado amor. Não se limita a contar uma história, define, mesmo. E garanto que o mais batido dos clichés aqui faz todo o sentido sem ser pedante ou vulgar.
A plasticidade - inúmeros truques visuais, quase nunca efeitos digitais - e o argumento, a mim convenceram-me que andava a passear nas memórias de alguém.
o Michel Gondry e o Charlie Kaufman deviam ser acorrentados e obrigados a fazer filmes juntos durante para aí uns dez anos
sábado, maio 26, 2007
"Mystery", por Hugh Laurie, no piloto de A Bit of Fry and Laurie (1986)
Talvez seja só eu, mas acho esta música, escrita pelo próprio Hugh Laurie - ainda longe de ser aquele médico que não adoramos odiar mas, isso sim, odiamos gostar - uma verdadeira pérola do humor e que, a brincar, consegue descrever o lado deliciosamente pateta de estar apaixonado.
quinta-feira, maio 24, 2007
"Repulsion", de Roman Polanski (1965)
Eclipsado, talvez, por uma filmografia maior, esta "Repulsa" de Polanski, que tive a felicidade de descobrir na salinha de cinema do Instituto Francês será que ainda se realizam aquelas magníficas sessões de sábado à tarde? é um ensaio perturbador sobre a paranóia onde uma Catherine Deneuve em início de carreira consegue assustar mais que três Freddy Kruegers juntos. É espantoso o progressivo alheamento da realidade e a completa desintegração mental da personagem.
terça-feira, maio 22, 2007
Pi, de Darren Aronofsky (1998)
Requiem for a Dream, de Darren Aronofsky (2000)
Em Pi e Requiem a estética é incrível e nunca supérflua. E as sucessivas lições de edição, ritmo e tom que ambos os filmes vão dando fizeram de mim um fã do Aronofsky. Ainda assim fiquei desiludido com o último dele, "The Fountain". Também fiquei desiludido quando ele se retirou da adaptação de Watchmen ao cinema. Era perfeito.
segunda-feira, maio 21, 2007
"Vinicius", de Miguel Faria Jr. (2005)
"Chico e as Cidades", de José Henrique Fonseca (1999)
Lembrei-me deste dois documentários depois de ler um post há uns dias. Ambos altamente recomendáveis.
sexta-feira, maio 18, 2007
"Fa yeung nin wa", de Kar Wai Wong (2000)
É virtualmente impossível definir uma coisa destas, mas ainda assim arrisco: este "Disponível para amar" é a mais perfeitamente filmada história de amor que o cinema já nos deu.
Muito próximo de chegar cá (espero) está o mais recente filme de Kar Wai Wong, que acaba de abrir Cannes: "My Blueberry Nights".
quinta-feira, maio 17, 2007
sábado, maio 12, 2007
quinta-feira, maio 03, 2007
Sa, Re, Ga, Ma, Pa, Dha, Ni
Ontem recebi dois convidados cá em casa que estranharam o "caixão" no meu quarto. O "caixão" é uma caixa de fibra de vidro onde guardo a minha sitar.

o "caixão"
Há uns anos apaixonei-me pelo som da sitar. Depois de ver o documentário sobre o Monterey Pop Festival, onde actuou o Ravi Shankar, essa paixão assumiu contornos de obsessão.
E foi esta música
Dave Pike Set, "Mathar"
que me convenceu definitivamente a comprar uma. Não me arrependi.

foto: JC
o "caixão"
Há uns anos apaixonei-me pelo som da sitar. Depois de ver o documentário sobre o Monterey Pop Festival, onde actuou o Ravi Shankar, essa paixão assumiu contornos de obsessão.
E foi esta música
Dave Pike Set, "Mathar"
que me convenceu definitivamente a comprar uma. Não me arrependi.
foto: JC
segunda-feira, abril 30, 2007
video: ric
(o meu colega e amigo) Branches, nesta última sexta, no "Mercedes", acompanhado pelos Sapien Sapiens.
segunda-feira, abril 23, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
foto: ricardo fortunato
De vez em quando chego a casa e olho para o meu piano e sinto-me culpado. Culpado por dois anos e meio de lições não estarem a servir para tirar dali músicas como, por exemplo, as que o Yann Tiersen consegue tirar do dele. Quando ciclicamente lá tento compor alguma coisa o resultado é sempre um sofrível Richard Clayderman meets romântica FM featuring Anjos. E fico sempre a interrogar-me "como raio é que ele consegue?". Ele faz o piano parecer tão... moderno. É um piano, sempre com aquele tom grave e sério dos pianos, mas tem sempre um travo a pop, como esta música que uso para ilustrar o post. É muito definitivamente assobiável. Nem é das mais populares, apesar de fazer parte da banda sonora da "Amélie", mas não é a faixa principal que toda a gente adora trautear. E ainda assim, é genial.
Yann Tiersen, "Comptine D'un autre été: L'après-midi"
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Como aquel que en soñar gusto recibe,
su gusto procediendo de locura,
así el imaginar con su figuravanamente su gozo en mí concibe.
Otro bien en mí, triste, no se escribe,
si no es aquel que en mi pensar procura;
de cuanto ha sido hecho en mi ventura
lo sólo imaginado es lo que vive.
Teme mi corazón de ir adelante,
viendo estar su dolor puesto en celada;
y así revuelve atrás en un instante
a contemplar su gloria ya pasada.
¡Oh sombra de remedio inconstante,
ser en mí lo mejor lo que no es nada!
Electrelane, "Oh Sombra!" (a letra é a adaptação de um poema de Juan Boscán Almogáver)
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